segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pirulito, He-Man, Enciclopédia

O que seria do Futebol sem os Poetas? Em alguns casos vale também o inverso. O esporte é uma mina abundante para a inspiração dos criativos, e daí decorre uma porção de coisa interessante. Jargões de locutores, hinos de torcidas, gírias e mesmo os lugares-comuns do discurso constituem um gênero especial, quase um novo idioma.

Certo dia, um grupo de jovens amigos babacas e bêbados, em algum lugar do Brasil, começou a enumerar os cognomes de alguns ídolos do Futebol. Para quem não sabe, cognome é uma espécie de apelido, ou quase isso. É a alcunha nobre dada aos reis, em celebração do seu reinado ou mesmo por conta de sua personalidade ou algum traço físico. Como em: Alexandre, o Grande.

O FWC apresenta a lista de alguns dos principais cognomes do Futebol mundial, classificados em categorias mais ou menos precisas. Você se lembra de mais algum?

Analogias com animais:
  • Alexandre, o Pato
  • Dario, o Beija-flor
  • Donizete, o Pantera Negra
  • Edmundo, o Animal
  • Kerlon, o Foca
  • Lionel Messi, la Pulga Atomica
  • Paulo Henrique, o Ganso
  • Walter, o Minhoca
  • Yashin, o Aranha Negra
  • Zagallo, o Velho Lobo
  • Zico, o Galinho de Quintino
Características físicas:
  • Alex Silva, o Pirulito
  • Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas
  • Julio Batista, la Bestia
  • Leônidas da Silva, o Diamante Negro
  • Marcelinho Carioca, o Pé de Anjo
  • Rafael Moura, o He-Man
  • Ramires, o Queniano Azul
  • Romário, o Baixinho
  • Rooney, o Shrek
Características pessoais:

  • Dida, a Muralha de Gelo
  • Olic, o Guerreiro Croata
  • Ricardo Rocha, o Xerife
  • Ronaldo, o Goleiro Roqueiro
  • Sebastian Abreu, El Loco
  • Sócrates, o Doutor
  • Washington, o Coração Valente
Figuras nobres ou místicas:
  • Adriano, o Imperador
  • Edílson, o Capetinha
  • Etcheverry, El Diablo
  • Falcão, o Rei de Roma
  • Ibrahimovic, o Ibracadabra
  • Joel Santana, o Rei do Rio
  • Kaká, o Príncipe
  • Kléber, o Gladiador
  • Pelé, o Rei
  • Rivellino, o Reizinho do Parque
  • Valdívia, El Mago
  • Verón, La Brujita
Atributos em campo:
  • Célio Silva, o Canhão do Brasileirão
  • Didi, o Folha Seca
  • Dodô, o Artilheiro dos Gols Bonitos
  • Euller, o Filho do Vento
  • Gérson, o Canhotinha de Ouro
  • Luis Fabiano, o Fabuloso
  • Nelinho, o Canhão do Mineirão
  • Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol
  • Roberto, o Dinamite
  • Robinho, o Rei das Pedaladas
  • Rogério Ceni, o Goleiro Artilheiro
  • Ronaldinho Gaúcho, o Show Man
  • Túlio, o Maravilha

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Que time é teu? - Parte II


Chegou a vez daquele que o jornalista Ulisses Vasconcellos chamou de O Dream Timão. Com a palavra:

"O Corinthians vive de altos e baixos. Muito alto ou muito baixo. Ou está no topo da tabela, chegando – e ganhando – em tudo quanto é final, ou está capengando e fazendo a Fiel sofrer. Nesses últimos anos, vi máquinas que jogavam bonito e ganhavam tudo e também piadas de mau gosto em campo.

A base do meu time é o esquadrão de 1998/2000, responsável por um Campeonato Paulista, dois Brasileiros e o Mundial. A equipe de 2009, campeã da Copa do Brasil e de um Paulistão invicto, tem lugar de destaque."

O maloqueiro e sofredor em questão, que é nascido em 1986, ainda enviou à equipe do FWC os 11 reservas do seu esquadrão pessoal. Os suplentes teriam debaixo dos quatro paus Ronaldo, o goleiro roqueiro, além de Rogério, Fábio Luciano, Willian e Sylvinho. Christian, Elias, Roger e Tevez. Luizão e o luso-brasileiro Liédson

O atual arqueiro Felipe, o meia Souza, que esteve no Parque São Jorge em 1997, e os avançados Gil e Nilmar também disputariam uma vaga. Ufa...!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Que time é teu? - Parte I

Não me venha com outro papo. O mais vitorioso do Brasil é mesmo o São Paulo, seguido bem de perto pelo Cruzeiro. O critério é simples: desde que me foram apresentados, na década de 90, ninguém ganhou mais do que eles. Acontece que nos últimos anos vêm sendo circuladas piadinhas de mau gosto envolvendo a opção sexual de torcedores e atletas do Tricolor. Tendo em vista a fama atribuída aos paulistas, pode-se dizer que nós mineiros somos, pois, os primeiros, numa categoria divergente.

Brincadeiras à parte, a questão é que só é legítima a idolatria aos contemporâneos. As glórias do passado distante já tiveram a sua vez. E assim deve ser para a nova geração. Portanto, não me amarro muito nessa conversa de Carrossel Holandês de 74, a fracassada Era Dunga de 90, muito menos o fantasma do Maracanaço de 50. Resumindo: o vovô pode e deve amar o Santos de Pelé, mas os netos que se conformem com o encanto dos Meninos da Vila.

Muito já se viu por aí sobre a Seleção de Todos os Tempos desta ou daquela agremiação, repleta de sempre as mesmas lendas do esporte. Mas o FWC tem uma proposta diferente: definir o Time dos Sonhos que eu (tu, ou ele) vi em campo. É simples. Se você nasceu em 1993, será o primeiro no planeta a escalar o Dream Team do Flamengo sem Zico, ou do Botafogo sem Garrincha, Atlético Mineiro sem Dario e por aí vai.

Para começar, segue a minha predileta escalação cruzeirense, desde que me entendo como tal. Nota-se que o menino-fenômeno Ronaldo, de 1994, não está incluso. É que Fred e o baiano Alex Alves, que exibia sua plástica capoeira a cada gol, estão mais acesos na memória, já que nasci em 1985. Ramires de 2009 poderia também ser o camisa 8 - mas faltou o título da América.

E você? Que time é teu?





quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dunga e só eu

Naquele início de noite, meu pai não compreendeu direito quando acabaram os pênaltis. Dezesseis anos depois, descobri que ele estava bêbado. Só eu sabia que o baixinho, com mais um gol, seria o artilheiro do torneio. Só eu admirava a infalibilidade do árbitro húngaro. Só eu sei de cor as palavras de êxtase do locutor da TV. Meu pai havia visto o Tri, aos 12 de idade.

Só eu sabia que a Romênia tinha um craque chamado Hagi e que o Salenko fizera cinco tentos contra Camarões. Eu sabia que o colombiano Escobar fora assassinado por causa de um gol contra. E que o Maradona ficou de fora por causa do doping. Que naquela época tomava-se Kaiser Bock. Eu fui o único que imitei o corte do cabelo do Roberto Baggio.

Ninguém mais se lembra, mas no noticiário um vidente de cabelos longos e brancos profetizou, com sotaque castelhano: “Na final, o Brasil vai enfrentar a Alemanha. E o Brasil vai perder.” Seria verdade! A Alemanha era mesmo o melhor time, no meu jogo de FIFA Soccer. E foi com uma bruxa dessas que aprendi como induzir os atletas a errarem as penalidades. Hoje em dia não faço mais, mas já beneficiei muitos goleiros.

Parreira se foi, mas no ano seguinte eu tinha meu ingênuo esquete já escalado, perfeito, sem um camisa 10, mas com Romário, Bebeto, Ronaldo e Sávio na dianteira. Por causa deles, tive uma breve mas promissora carreira de jogador. Um plantado sem técnica e habilidade alguma. Mas com exemplar disciplina.

Daquele tempo, só ficou o Dunga. Eu tinha oito aninhos, ele 30. Hoje somos contemporâneos. Se precisar de mim, tô aí.

Esse é o FIFAworldCano.


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