Certa vez, o caricato locutor Sílvio Luís, surpreendido por um “frango” engolido por um goleiro qualquer, soltou essa: “Ih! Cocoricó!”. O velho, hoje em dia, não deve mais narrar competições importantes como a Copa, mas certamente teria em seu vasto repertório uma pérola para anunciar a infeliz postura do arqueiro argelino Chaouchi, que deu de presente a primeira vitória à Eslovênia na história dos Mundiais.
E se não há nenhum músico ou inventor famoso da Eslovênia, a maioria dos espectadores do planeta iria provavelmente começar e terminar a manhã sem conhecer nenhum cidadão daquele país – não fosse pelo chute sortudo do meia Koren, que deixou os europeus na liderança do Grupo C. O jogo dos azarões quase nada teve de interessante e os lances mais maneiros brotaram de saídas erradas dos zagueiros.
O camisa 9 da seleção africana saiu do banco de reservas para em poucos minutos ser expulso, por causa de um lance infantil. Azar e tristeza do treinador da Argélia, que, de cabeça branca, bigode e bonezinho, lembrava um típico vendedor de cachorro-quente, desses de barraquinha. Ele já pode começar a arrumar as malas.
Pelo jeito, não significará nada: mas a Eslovênia pulou na frente.
Este malandro, que hoje ostentava um penteado moicano, entrou na segunda etapa da partida. Em sua primeira participação, segurou um adversário e foi advertido com o cartão amarelo. Pouco depois, ele amorteceu um lançamento com a mão, sem cerimônia alguma, e foi para o chuveiro. Ghezzal é o primeiro grande lambão da Copa.
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